Um lar mais aconchegante e funcional. Talvez essa seja a maior tendência pós pandemia, na área de design de interiores. Em 2021, a ordem é renovar, redecorar e reaproveitar, usando a decoração como aliada para transformar a casa no melhor lugar para estar, em tempos de isolamento social.

 

O arquiteto André Leonardo Azevedo destaca algumas tendências que vêm ganhando espaço na decoração de ambientes. A aposta em formas orgânicas com móveis soltos, sofás mais arredondados e tapetes sem geometria delimitada, é uma delas. Sem o uso de mobílias super planejadas e sob medida, há a possibilidade de ir construindo o ambiente gradualmente.

A decoração em 2021 também ganha mais cores. “Antes se usava muito preto e branco, linhas retas e agora, o minimalismo vem perdendo um pouco de força. A tendência é explorar mais as cores, como as pastel, por exemplo. Da mesma forma, está super em alta, o uso de materiais naturais como pedras, madeiras, palhas e tecidos. Inclusive, muitas empresas de marcenaria têm lançado novas cores e padrões que imitam esses materiais”, descreve André.

De acordo com o arquiteto, os ambientes começam a ganhar um mix de texturas que transmite diferentes sensações. A ideia é combinar elementos em madeira, com pedra, palha e tecidos, através de peças de artesanato, tricôs, e até mesmo cerâmicas em tons terrosos. “Há uma valorização de peças exclusivas, feitas a mão por artistas locais, e que possibilitam uma decoração mais autêntica”, observa o profissional.

Outra tendência que ganha força em 2021, são ambientes que se conectam com a natureza. Cada vez mais, a decoração ganha vasos, flores naturais, terrários e paredes verdes, que trazem mais leveza e tranquilidade ao lar. Em casas e apartamentos que possuem jardins, também é possível ampliar as aberturas e buscar maior integração com a área externa. Da mesma forma, a iluminação e ventilação natural passam a ser mais valorizadas.

O home office segue em alta, o que requer a montagem ou adaptação de um lugar mais reservado para poder trabalhar de casa. A preferência é organizar um espaço fora do quarto, que possua boa iluminação e que conte pelo menos com uma pequena bancada e uma cadeira confortável. “Diante dessa era tecnológica que possibilita o home office, a automação residencial também continua ganhando espaço em meio a decoração dos ambientes e facilitando o acesso a eletrônicos, eletrodomésticos e dispositivos, através de smartphones e comando de voz”, completa André.

Por fim, o arquiteto destaca uma tendência que veio para ficar: o reaproveitamento de peças e móveis. “Pegando essa onda da sustentabilidade é fundamental que na decoração também se recicle materiais. Ter a consciência de que nem tudo é lixo e de que é possível ressignificar as coisas, faz toda diferença no momento de redecorar um ambiente. Um armário antigo, uma cadeira, um vaso… Toda família sempre tem objetos com memórias, elementos que contam histórias e que possibilitam criar decorações afetivas.

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